Médica alerta sobre o aumento no número de casos de dengue em Pernambuco

A arbovirose, termo genérico para se referir às doenças virais transmitidas pela picada de mosquitos como Dengue, Zika e Chikungunya, que possuem o mesmo transmissor, vetor, chamado de mosquito Aedes aegypti. Essas doenças vêm preocupando muita gente pelo aumento no número dos casos, em Pernambuco. Nos quatro primeiros meses de 2022, o Estado registrou um aumento de 45,92% nas notificações de casos suspeitos de pessoas com doenças transmitidas pelo Aedes aegypti em comparação ao ano passado, de acordo com dados divulgados pela Secretaria Estadual de Saúde (SES).

De acordo com a médica clínica do Hospital Maria Vitória, Marianna Passos, (CRM-PE 24.935) o mais alarmante na situação atual é que muitos dos casos registrados estão sendo fatais. Em 2022, já foram notificadas 20 suspeitas de mortes de pessoas com arboviroses, sem confirmações ou casos descartados. No mesmo período de 2021, foram notificados 15 óbitos suspeitos, sendo 7 descartados, segundo a secretaria.

“De forma geral, encontramos aumento destas doenças em épocas de chuva, já que a água parada e acumulada em pneus, garrafas, vasos, entre outros, vai ser o local de onde a fêmea dos mosquitos infectados irá colocar as larvas e aumentar a reprodução e, consequentemente, infecção dos vírus”, explica, acrescentando que em primeiro lugar, a prevenção é a melhor forma de se cuidar.

Desta maneira, é recomendado não deixar acumular água no quintal, nos pratos das plantas, em garrafas expostas, pneus e em outros recipientes. Tampar bem as caixas d’água, higienizar piscinas com regularidade e cobri-las de lona para manter o tratamento com o cloro, pois suas bordas são um convite para as larvas e precisam estar sempre limpas. Previna-se das picadas com repelentes e inseticidas e fique atento a calhas e lajes que possam servir de reservatório de água.

No caso da dengue, existe uma particularidade de possuir cinco casos, mas no Brasil apenas quatro tipos virais conhecidos, o que torna o indivíduo que já teve um tipo viral ainda susceptível a infectar-se com os demais tipos. Essa infecção ocorre após a picada do vírus infectado, e em média de 5 a 6 dias há o aparecimento dos sintomas que, na maioria das pessoas, vai se dar de forma branda. Entretanto, este vírus provoca sintomas que podem variar desde um quadro pouco sintomático até quadros de hemorragia e choque, podendo evoluir para óbito.

Os sintomas mais comuns esperados nestes casos são de febre alta (39°C a 40°C), sendo esse um dos sintomas mais precoces a surgir, seguido de dores musculares difusas (mialgia), queda do estado geral (prostração), cefaleia, artralgia, anorexia, astenia, dor retro orbital, náuseas, vômitos, exantema e prurido cutâneo. Porém, a partir destes sintomas, o paciente pode evoluir rapidamente com fenômenos hemorrágicos, desidratação, hipotensão e óbito.

Dessa maneira, tanto a equipe de saúde como os pacientes precisam estar sempre atentos aos sintomas que comumente são chamados de “sinais de alarme”. Uma vez apresentando esses sinais ou sintomas, o médico precisa ser procurado e para que o tratamento seja instituído da maneira mais rápida possível com a finalidade de evitar o agravamento do quadro.

SERVIÇO:
Hospital Maria Vitória
Diretora Técnica Médica: Dra. Jacyra Santa Rosa da Silva – CRM-PE 6658
Endereço: Avenida Doutor José Rufino, 1050, Areias.
Instagram: @hospitalmariavitoria

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